Por: Jease Costa
É com essa frase que termina a
propaganda do Peru de Natal Seara, com a simpática culinarista Dona Palmirinha
Onofre. Bem, pra quem gosta de peru, a propaganda realmente deixa a água
escorrer na boca. Mas, a despeito disso, a chamada estimula a uma boa reflexão:
O que faz o Natal ser, realmente, Natal?
Essa reflexão não é nova, e muito
já se tem falado a respeito do verdadeiro sentido do Natal. Mas há algo ainda não
muito explorado na reflexão crítica sobre forma consumista que o Natal é
pensado e vivido em nosso mundo cristão, que é o alastramento das carências
humanas. Ou seja, não é apenas a idéia de que não há Natal sem um peru assado
sobre a mesa, mas também o sentimento de que somos incompletos sem ele. O
sentimento não é só que o Natal não é Natal se não houver peru, presentes ou
roupas novas, mas que nós também não somos nós. E, assim, o Natal de nossa
sociedade consumista nos torna reféns dele mesmo, de nossas carências e de seu
sentido deturpado.
É exatamente aí que se revela uma
de suas maiores distorções, uma vez que Jesus, esse, sim, que não pode faltar
no pensamento natalino, veio para fazer justamente o oposto. Ele veio para
suprir carências, e, não, alastrá-las. Na verdade, quem tem Jesus encontra
plenitude de alma mesmo que lhe faltem coisas até mesmo necessárias, uma vez
que sua presença enche a vida de significado. O evangelista João diz que “nele
estava a vida” (1.4). Se nele estava a vida, quem o tem também a tem.
Então, é uma questão de escolha
sobre o que realmente importa. Ou você escolhe o Peru Seara e, embora de estômago
cheio, continue de alma vazia, ou escolhe Jesus, e, mesmo se não for possível
ter um suculento peru em sua noite natalina, terá garantida sua alma plena.
Eu desejo que sua mesa esteja
farta. Mas isso não é o mais importante. O importante mesmo é ter Jesus. Aí,
sim, é Natal!
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