Por: Jease Costa (esse texto é parte do meu livro "HOMOS-SEXUS", publicado pela editora Abba Press - www.abbapress.com.br)
O que diz a ciência
Apesar de haver divergências no meio científico quanto à resposta à pergunta se um homossexual nasceu ou não homossexual, ao que parece, em muitos casos essas divergências ocorrem muito mais por motivações políticas do que científicas propriamente ditas. Isso porque uma parte dos cientistas que consideram a homossexualidade congênita está comprometida com o ativismo em prol da causa homossexual e com os meios de comunicação de massa, para os quais pode ser conveniente a afirmação da tese de que o homossexual já nasceu assim. Entretanto, boa parte dos cientistas não influenciados por essas motivações tem rechaçado com certa veemência essa teoria.
Joseph Nicolosi e Linda Ames Nicolosi dizem o seguinte a respeito da teoria do “nascido assim”:
"O exame mais preciso da evidência oferece esta revelação surpreendente: os cientistas, cuja pesquisa supostamente provou a teoria do 'nascido assim', agora concordam que isso é um mito. Dizem que, em algumas pessoas, as influências genéticas e biológicas abrem a porta para a homossexualidade, mas admitem que o acréscimo de influências do meio ambiente (isto é, pais, sociedade e experiências pessoais) é que fazem com que o indivíduo atravesse essa porta e se confirme como homossexual".
Com isso não se está afirmando que os genes não exerçam algum tipo de influência, mas que não são por si só determinantes. Joseph e Linda Nicolosi citam o Dr. Judd Marmor, ex-presidente da Associação Americana de Psiquiatria e apoiador do ativismo homossexual, que admite que:
"A não-conformidade de gênero induzida biologicamente é um “fator facilitador” que pode estabelecer fundamentos para a homossexualidade, pois faz a criança com não-conformidade de gênero ver a si mesma de forma diferente, e também faz com que ela seja rotulada de diferente pelos outros. [...] Mas a homossexualidade é de maneira nenhuma inevitável, pois, como muitas vezes já se notou, meninos constitucionalmente 'efeminados' ou meninas 'masculinizadas' podem desenvolver relacionamentos heterossexuais normais quando o meio-ambiente familiar e as oportunidades para a identificação apropriada de papel de gênero são favoráveis".
Há alguns que, para justificar a tese do “nascidos assim”, se utilizam de argumentos através dos quais procuram colocar a orientação sexual no mesmo patamar das multiformes características físicas que são determinadas pela informação genética, como a cor dos olhos, a destreza ou a cor da pele. O psicoterapeuta, educador e teólogo Dr. Daniel A. Helminiak (O que a Bíblia realmente diz sobre a homossexualidade), corroborando com essa argumentação, faz a seguinte argumentação:
"A maioria das pessoas é heterossexual, mas algumas são lésbicas, gays ou bissexuais. Algumas são altas e outras, baixas. Algumas são pretas ou pardas, enquanto outras são amarelas, vermelhas ou brancas. Alguns são homens, a maioria é de mulheres. A maior parte é composta de destros, mas há alguns canhotos. Há uma ampla gama de diferenças individuais entre os seres humanos. A orientação sexual parece ser uma destas diferenças".
O problema dessa argumentação é que ela desliza ao colocar em uma mesma fonte determinante, a saber, os genes, aquilo que é característica física e o que é característica da personalidade. Porém, embora se possa realmente admitir que o componente genético possa abrir uma porta de propensão para a formação de traços da personalidade, ao que parece apenas isso não é um fator determinante. A genética determina as características físicas, mas as características da personalidade são construídas, podendo contrariar a propensão induzida pelos genes.
Outra base de dados importante para ser considerada é a que está indicada nos estudos de gêmeos. Isso porque gêmeos idênticos têm genes idênticos, e, nesse caso, se um dos gêmeos é homossexual o outro também deveria ser, considerando-se que a homossexualidade fosse definida unicamente por influência genética. Mas veja o que diz o Dr. Neil Whitehead, um cientista que fez um estudo em gêmeos idênticos: “Gêmeos idênticos têm genes idênticos. Se a homossexualidade fosse uma condição biológica produzida inevitavelmente pelos genes (tal como a cor dos olhos), então se um gêmeo idêntico fosse homossexual, em 100% dos casos seu irmão também seria. Mas sabemos que apenas em cerca de 38% dos casos os gêmeos idênticos são homossexuais. Se um é homossexual, em geral o outro não é”.
Veja ainda o que disse o Dr. Simon LeVay, homossexual ativista e autor do estudo Cérebro Gay: “É importante enfatizar o que não descobri: Não provei que a homossexualidade é genética; não demonstrei que os homossexuais nascem assim. Este é o erro mais comum que as pessoas cometem na interpretação de meu trabalho”.
Seguem, então, as conclusões das pesquisas científicas ao buscar respostas à pergunta se um homossexual já nasceu assim:
• A associação Americana de Psicologia (que tem muitos ativistas homossexuais em posição de liderança) dá algum crédito à teoria do “nasceu assim”, mas, a seguir, acrescenta que “muitos cientistas compartilham o ponto de vista de que a orientação sexual é formatada na maioria das pessoas por meio de interações complexas de fatores biológicos, psicológicos e sociais na primeira infância”.
• Simon LeVay, o “pesquisador do cérebro homossexual”, afirma: “Em relação a esse ponto a opinião mantida pela maioria [sobre a causa da homossexualidade] é que múltiplos fatores desempenham um papel no processo”.
• O folheto do grupo de apoio ao homossexual declara: “Até o momento nenhum pesquisador afirmou que os genes podem determinar a orientação homossexual. Os pesquisadores crêem que, no máximo, pode haver um componente genético para a sexualidade que, como qualquer outro comportamento, é, sem dúvida, influenciado tanto por fatores biológicos como sociais”.
• O sociólogo Steven Goldberg diz: “Não conheço ninguém da área que argumente que a homossexualidade pode ser explicada sem referência a fatores ambientais”.
Então, parece não haver dúvidas de que, seguindo essa linha reflexiva, sob a ótica científica não existem provas cabais de que a homossexualidade seja adquirida por herança genética. A conclusão mais plausível, portanto, é a que sugere que a orientação homossexual seja resultado da interferência de múltiplos fatores, quais sejam: sociológicos, biológicos, psicológicos e ambientais.
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