Por Jease Costa
Efésios 6.10-20
“Portanto tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, permanecer firmes” (v.13).
James Huston, em seu excelente livro “Orar Com Deus”, diz que a vida espiritual começa a partir do que somos para nos tornarmos no que devemos ser. Isso significa dizer que a visão de nossas fraquezas são, em certo sentido, aquilo que necessitamos para nosso aperfeiçoamento. É a luta diária que travamos conosco mesmos para moldar nosso caráter de acordo com os padrões do caráter divino. Isso implica em luta constante, em uma tremenda batalha espiritual, uma vez que nosso homem interior reage com hostilidade aos apelos da espiritualidade bíblica.
Diante desse quadro, é digno de nota que, se nossa luta espiritual é diária, deveríamos nos preparar e nos armar cada vez melhor para o seu enfrentamento. Entretanto, não é isso o que normalmente ocorre. Talvez isso justifique nossas quedas constantes, bem como nossa incapacidade de nos mantermos em pé por um espaço curto de tempo. Deveríamos entender que quanto maior a luta, maior preparo se exige. Foi isso o que Paulo ensinou. No verso 12 ele instrui que a luta é contra os poderes das trevas, e justamente por isso devemos nos armar com as armas que Deus nos oferece. Portanto, precisamos entender que não basta saber quem é o inimigo. Há necessidade de preparo adequado e uso de armas adequadas. Se a luta é espiritual as armas também o são. Às vezes estamos na luta certa com as armas erradas.
Infelizmente nos preparamos com mais zêlo para as lutas humanas do que para luta espiritual. Um atleta se dedica aos treinos com disciplina e esmero, e um estudante se prepara com afinco para ser aprovado nos exames de vestibular. Mas um cristão nem sempre se prepara adequadamente para a luta espiritual que tem que enfrentar todos os dias. Deus não apenas espera que permaneçamos firmes. Ele nos dá os recursos. Façamos bom uso.
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