Por Jease Costa
Marcos 4.26-34
“É como um grão de mostarda que, quando se semeia, é a menor de todas as sementes que há na terra; (v.31).
Quando eu era adolescente um amigo me disse: “você pode saber quantas sementes há em uma laranja, mas não pode saber quantas laranjas há em uma semente”. Às vezes coisas pequenas carregam potencial de dimensão incalculável. Muitas vezes somos transformados por gestos pequenos e singelos. Quando Pedro traiu a Jesus, o Mestre passou por ele e o olhou. Bastou um olhar para Pedro ver estremecer toda estrutura do seu ser. Às vezes perdemos grandes coisas porque desprezamos as pequenas.
Talvez seja a singeleza do evangelho um dos motivos de sua rejeição popular. Para alguns parece ser tão pequeno que não vale a pena se submeter a ele. Uma irmã, certa vez me falou que, ao apresentar Jesus a um colega de faculdade, hoje conhecido jornalista de televisão, foi surpreendida com a resposta: “não posso aceitar o evangelho porque ele é muito simples”. Ele não sabia é que na simplicidade do evangelho encontra-se o poder do reino de Deus. Por isso Jesus o comparou ao grão de mostarda que mesmo sendo a menor das sementes, depois de plantada dá a maior das hortaliças, e até as aves se abrigam à sombra de seus ramos. A força do evangelho também reside em sua simplicidade. Pessoas lotam estádios para verem touros ferozes, mas não para verem um simples cordeiro. No entanto, a redenção da humanidade só foi possível na figura da ovelha tosquiada. O texto bíblico diz que Jesus é o cordeiro de Deus.
Muitos se queixam de Deus por não o verem em grandes obras. Talvez seja útil atentarem para as pequenas coisas. É possível que sua graça e formosura estejam nelas.
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